19 maio 2017

Diálogos sobre dramaturgia


Hoje à tarde tive a oportunidade de conhecer estudantes da rede estadual do 1º ano do ensino médio da Escola José da Silveira Camerino aqui em Maceió. Foi um convite da atriz e professora Louryne Simões do Teatro da Poesia. Por lá estão estudando os gêneros textuais e hoje foi dia de falar sobre o gênero dramático.


Resolvi chamar essa conversa de “A literatura dramática e a dramaturgia construída para a cena nos espetáculos em Alagoas”.
Falei um pouco sobre o começo dos textos dramáticos, seu movimento ao longo da história do teatro, suas mudanças e seus diálogos na construção das cenas.
Refletimos juntos sobre as diversas formas de dramaturgia, como ele surge, onde pode estar e o que nos inspira a escrever, a transformar tudo isso em teatro. Citei Adélia Nicolete que recentemente nos deu entrevista falando sobre dramaturgia na revista #Textão.
Partilhei da minha experiência com o espetáculo “Volante” e os motivos de ir tecendo a dramaturgia ao longo do processo.
Louryne está em cartaz com “A Memória da Flor” e contou-nos como foi construindo a dramaturgia do espetáculo. Lemos juntos duas cenas da peça para irem sentindo o clima.
Houve um momento que observei que Louryne e eu somos atores no exercício de dramaturgia em nossos espetáculos. Cheguei a questionar de onde teria vindo essa vontade e as primeiras respostam começaram a surgir a partir do entendimento da necessidade de se contar e descobrir uma dramaturgia de ator, visto a carência de pessoas interessadas em dramaturgia por aqui, nos últimos três anos pelo menos.
Louryne e eu fizemos a mesma oficina de dramaturgia com Vinicius Souza (MG) e depois daquele dia continuamos os estudos com um Clube de Dramaturgia. É legal ver como as coisas reverberam e vão tendo continuidades. Essa oficina de Vinicius foi muito importante para nós.
Por fim, tiramos um selfie e eu fiquei com vontade de querer falar mais e mais. Com o tempo a gente vai entendendo que a nossa experiência é também uma maneira mais próxima de nós relatarmos e entendermos de um assunto que nos interessa.
Esses estudantes foram muito generosos com a partilha. No final uma estudante veio até mim para perguntar como saber mais sobre o assunto. Quando isso acontece eu me sinto recebendo um belo presente.

Que mais encontros como esse aconteçam, porque todo lugar é lugar de dramaturgia.

Bruno Alves

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