Recebi esse poema da Marluce Barros (Lucy Almeida) e fiquei muito grato pela doçura e delicadeza.
Gratidão!
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Foto de Patricia Galucci |
Confissão (Coletivo Volante)
Lá do palco Severino falou
Ia descer e se achegar
E da gente ia levar
Um gesto ou seja lá o que for
A plateia se calou
E lá vem ele até nós
Eu, a primeira, perdi a voz
Estática e sem ação
A encarar Severino
Ali, em pé, olhar meigo
Braços estendidos, em vão
Mas agora eu explico
Essa minha reação
É que ainda em catarse
Degustava lentamente
Emoção por emoção
Da sua representação
Te encarei e viajei
Nos passos sincronizados
Do bailar minimizado
Sutil, suave, enlevado
Ritmado e guiado
Por sons inusitados
Da flauta e do violão
Não sei o que te ofertei
Indiferença, descaso
Foi a impressão que ficou
Para quem nos observou
No contraste desse encontro
Recebi como presente
A imagem que ficou
Retida no meu interior
Delicadeza de ação
E a nobreza do ator
(quando poetizo sou Lucy Almeida, 17.07.2016, 21:58 h)