Acredito que somos um resultado de tudo que vivenciamos,
sejam as coisas boas e mesmo as ruins. Tudo nos ensina nessa vida e mesmo que não
seja da melhor forma.
Essa semana fui ao SESC pegar alguns certificados das
oficinas que participei no ano de 2014. Quando olhei para aqueles certificados
fiquei imaginando o quanto de cada um daqueles momentos tinha nessa minha busca
e na construção de “Volante”.
Quero deixar claro que embora seja bom o certificado, mas a experiência
em si é o que mais vale a pena. Tive experiências maravilhosas com pessoas que
tinham muito a compartilhar.
Esse texto é um agradecimento a cada oficineiro que passou
por Maceió em 2014 e também um convite a vivenciar nos próximos dias o “Palco
Giratório” do SESC. Gente, esse é um momento de festa para o nosso teatro.
Em 2014 tive a oportunidade de conhecer o processo de
trabalho do Grupo Magiluth (PE). A oficina foi enriquecedora. Aqueles rapazes são
afeto! O trabalho do grupo no palco é de tirar o fôlego! Desejo longa vida a
essa arte maravilhosa.
A Cia. Gente Falante (RS) foi uma delicadeza e beleza que me
encantou. Trabalhar com eles o teatro de objetos foi uma oportunidade de
ampliar a visão para as inúmeras possibilidades de contar histórias.
O Desvio Coletivo (SP) além de partilhar conosco o seu
processo de construção de performance e intervenção urbana, fez com que a gente
pudesse ser parte da ação em Maceió. Foi lindo! Não esqueço!
Francis Madison (AM) quase nos matou (brincadeira!) com seus exercícios
para o corpo. Trabalhar com ele a palavra-corpo foi um impulso dos grandes para
fazer o corpo comunicar junto com a palavra. Foram dias incríveis de preparação
para um leitura dramatizada.
Teve também o Grupo Oigalê (RS) que fez um circuito pelo
nordeste independente do SESC. Que oficina! Que experiência! Politizados e incríveis!
Fazem da rua um espaço para a arte pública. Eu amo!
Assisti a quase tudo que rolou no mês de maio, exceto pelos
dias que realmente eu não podia ir, mas garanto a você: apreciar é muito
importante! A gente aprende assistindo e falo apreciar de coração aberto, sem
pedras prontas para atirar. É que tem gente que já chega armada e não relaxa, não
curte a experiência teatral. Eu aprendi a duras penas que todo teatro é
importante. Que vale a pena assistir e respeitar o colega que passou tempos se
preparando.
Uma vez eu li uma carta de Clarice Lispector ao Fernando
Sabino que ela contava para ele da experiência no exterior e das vezes que ia
ao teatro. Dizia que assim que saia do teatro logo perguntavam a ela:
- O que achou?
Ela com toda sua sensibilidade, respondia:
- Eu não sei!
Marcelo Gianini me ensinava isso em uma de nossas conversas
por e-mail. Falava-me da importância de deixar as coisas fluírem dentro da
gente, pois assim como a vida, a peça precisa de tempo para assentar no nosso
coração, tempo pra gente saber por que gosta e por que não gosta e tempo para
gostar por que gosta e ponto. Aliás,
teatro é vida que corre nas veias.
Gosto de ir assim... Sem expectativas e pronto para todas as
surpresas. Se gosto ou não, depois eu entendo. Tem tempo!
Que nossos palcos e corações estejam abertos
para receber essa maratona das Artes Cênicas! Vem coisas incríveis por ai! Não perco!
Viva o teatro!
Programação Completa aqui:
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