15 abril 2015

Maratona das Artes Cênicas


Acredito que somos um resultado de tudo que vivenciamos, sejam as coisas boas e mesmo as ruins. Tudo nos ensina nessa vida e mesmo que não seja da melhor forma.
Essa semana fui ao SESC pegar alguns certificados das oficinas que participei no ano de 2014. Quando olhei para aqueles certificados fiquei imaginando o quanto de cada um daqueles momentos tinha nessa minha busca e na construção de “Volante”.
Quero deixar claro que embora seja bom o certificado, mas a experiência em si é o que mais vale a pena. Tive experiências maravilhosas com pessoas que tinham muito a compartilhar.
Esse texto é um agradecimento a cada oficineiro que passou por Maceió em 2014 e também um convite a vivenciar nos próximos dias o “Palco Giratório” do SESC. Gente, esse é um momento de festa para o nosso teatro.
Em 2014 tive a oportunidade de conhecer o processo de trabalho do Grupo Magiluth (PE). A oficina foi enriquecedora. Aqueles rapazes são afeto! O trabalho do grupo no palco é de tirar o fôlego! Desejo longa vida a essa arte maravilhosa.
A Cia. Gente Falante (RS) foi uma delicadeza e beleza que me encantou. Trabalhar com eles o teatro de objetos foi uma oportunidade de ampliar a visão para as inúmeras possibilidades de contar histórias.
O Desvio Coletivo (SP) além de partilhar conosco o seu processo de construção de performance e intervenção urbana, fez com que a gente pudesse ser parte da ação em Maceió. Foi lindo! Não esqueço!
Francis Madison (AM) quase nos matou (brincadeira!) com seus exercícios para o corpo. Trabalhar com ele a palavra-corpo foi um impulso dos grandes para fazer o corpo comunicar junto com a palavra. Foram dias incríveis de preparação para um leitura dramatizada.
Teve também o Grupo Oigalê (RS) que fez um circuito pelo nordeste independente do SESC. Que oficina! Que experiência! Politizados e incríveis! Fazem da rua um espaço para a arte pública. Eu amo!
Assisti a quase tudo que rolou no mês de maio, exceto pelos dias que realmente eu não podia ir, mas garanto a você: apreciar é muito importante! A gente aprende assistindo e falo apreciar de coração aberto, sem pedras prontas para atirar. É que tem gente que já chega armada e não relaxa, não curte a experiência teatral. Eu aprendi a duras penas que todo teatro é importante. Que vale a pena assistir e respeitar o colega que passou tempos se preparando.
Uma vez eu li uma carta de Clarice Lispector ao Fernando Sabino que ela contava para ele da experiência no exterior e das vezes que ia ao teatro. Dizia que assim que saia do teatro logo perguntavam a ela:
- O que achou?
Ela com toda sua sensibilidade, respondia:
- Eu não sei!
Marcelo Gianini me ensinava isso em uma de nossas conversas por e-mail. Falava-me da importância de deixar as coisas fluírem dentro da gente, pois assim como a vida, a peça precisa de tempo para assentar no nosso coração, tempo pra gente saber por que gosta e por que não gosta e tempo para gostar por  que gosta e ponto. Aliás, teatro é vida que corre nas veias.
Gosto de ir assim... Sem expectativas e pronto para todas as surpresas. Se gosto ou não, depois eu entendo. Tem tempo!

 Que nossos palcos e corações estejam abertos para receber essa maratona das Artes Cênicas! Vem coisas incríveis por ai! Não perco!
Viva o teatro!

Programação Completa aqui:

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