30 janeiro 2016

Edital Estadual de Fomento ao Teatro: Se Inscrever ou não se inscrever?


  Em dezembro de 2015 a Secretaria Estadual de Cultura - SECULT/AL lançou o Edital de Fomento ao Teatro. Para “surpresa” o valor oferecido a cada um dos cinco grupos para montagem era de R$ 10.000,00.

  A última vez que a SECULT lançou esse edital foi em 2010 e o valor era de R$ 27.000,00, de lá para cá, além do balcão, nada cresceu desse valor.

Imagem da web


   Nas redes sociais começava uma tranquila indignação em comentários e partilhamento da informação, até que a Cia. Do Chapéu por meio de uma nota se posicionou contra a falta de bom senso que o edital se mostrava. Em seguida o Movimento Cultural Alagoano – MOVA se posicionou cobrando mais respeito a classe artística.

   Graças a esses posicionamentos o edital foi retificado. O prêmio passou a ser de R$ 20.000,00.

   A Cia. do Chapéu manteve o posicionamento. Pelo grupo do facebook do Fórum Livre de Artes Cênicas a Cia da Meia Noite manteve a posição de não se inscrever.

  E os outrxs o que pensam sobre isso?

  São muitas as questões que envolvem essa discussão. A maior delas é a representante maior da Secretaria. Desde sua entrada a maior parte da classe artística se posicionou com uma não aceitação de sua figura por seu histórico de envolvimento em investigações por corrupção.

   Mas agora o edital continua aberto e ainda existe pouca discussão sobre o assunto.

  Não se inscrever é um ato político interessante, mas acho isso quando o posicionamento é firme, aberto e compartilhado como fizeram as duas companhias.

   Se inscrever é um ato político interessante também, porque é dinheiro público. É um espaço que deve ser ocupado e por que não estamos pedindo favor a SECULT.

  O que eu sinto que falta é mais ação, porque não se posicionar e silenciar fingindo que não está acontecendo é uma situação muito complicada. Agora o edital passará, certamente terão inscritos e premiados, mas e o pensamento enquanto classe por onde fica?

  Eu fico nesse impasse de me inscrever ou não me inscrever. Primeiro que os projetos existem e é só relembrar a quantidade de inscritos nas Artes Cênicas no edital municipal que foram 49. Fazer sem dinheiro a gente fez, faz e nada impedirá de fazer, mas e a segurança que o financeiro poderia oferecer? E a sustentabilidade? E o “ter tempo” para se dedicar sem precisar arrumar mil empregos extras? E a sustentabilidade enquanto classe que pensa no todo?

  Falta a gente se mobilizar e cobrar o crescimento desse prêmio, a aprovação da Lei Estadual, tantas coisas...

  Com o audiovisual eu me lembro do tempo em que recebiam R$15.000,00 para realizar um filme. Inscreveram-se? Sim! Estavam satisfeitos com o valor? Não. Tanto é que foram crescendo as cobranças até que o valor foi aumentando, embora ainda seja pouco.

  Talvez esse exemplo seja importante para nós também. Vou me inscrever, mas isso não pode continuar assim. Não vou me inscrever, mas isso não pode continuar assim. E agir! Agir de forma clara, exposta e com força.

  No fim das contas esse texto tem mais dúvidas do que certezas. O edital continua lá. Os projetos estão cá na gaveta esperando a hora de sair. As nossas dificuldades de dialogar continuam aqui e digo isso, porque sei que as movimentações políticas não começaram ontem. Elas sempre existiram. Esse prêmio do edital é também fruto de luta, de posicionamento, de se fazer acontecer nesse lugar. É pouco? É pouco! Mas pode ser maior! Essa política nos representará? Não.

  No último Chá da Tarde realizado pela Cia do Chapéu (meu próximo texto é um relato sobre ele) ficou exposta nos diálogos essa nossa dificuldade de se comunicar, de olhar para a luta do outro não como a dele, mas como a nossa. Isso cansa! Tanta gente cansou e talvez eu até entenda o silêncio de algumas delas, porque em algum momento dessa jornada elas devem ter se sentido sozinhas.

  Vamos lá. O espaço está aí. Se inscrevam ou não se inscrevam, mas se incomodem. Não deixemos passar a oportunidade desse espaço que custou tanto pra tanta gente que nunca esteve adormecida nesses anos todos.


Abraços
Bruno Alves

Leia a carta da Cia do Chapéu clicando aqui.
Leia a carta do MOVA clicando aqui.




25 janeiro 2016

"Cocar de Histórias" na Rua do Comércio - Maceió/AL

  
O projeto “AMERIAFROCONTOS VOLANTES CHAMAM PRA RODA: A ORALIDADE DE QUEM DOMINA PELA VONTADE DE APRENDER DE QUEM RESPEITA” foi aprovado pelo Programa de Iniciação Artística - PROINART da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da UFAL e tem a coordenação do Professor Toni Edson. Do projeto de vivência nasceu a roda "Cocar de Histórias"

"CoCar de Histórias"
Roda de Contação de Histórias Ameríndias

Direção: Professor Toni Edson

Registro Fotográfico: Jadir Pereira

Contadores:
Bruno Alves
Rayane Wise
Tamires Rodrigues
Wesley Felipe

 Local: Rua do Comércio em Maceió - AL
Data: 22 de janeiro de 2016.



 


Rayane Wise



Bruno Alves

Wesley Felipe





Toni Edson assiste na roda.


Tamires Rodrigues












20 janeiro 2016

"Cocar de Histórias" na cidade de Pilar - AL

Nossa primeira roda de contação de histórias ameríndias aconteceu na cidade de Pilar.

Tivemos o apoio do Núcleo de Regional de Desenvolvimento Social do Vale do Paraíba -NURDS.

Foi uma experiência muito boa para esse inicio de circulação da roda de histórias.

Crianças e seus familiares reunidos para ouvir as histórias que fazem parte da nossa identidade.

Design Gráfico Nivaldo Vasconcelos - Estúdio Atroá

O projeto “AMERIAFROCONTOS VOLANTES CHAMAM PRA RODA: A ORALIDADE DE QUEM DOMINA PELA VONTADE DE APRENDER DE QUEM RESPEITA” foi aprovado pelo Programa de Iniciação Artística - PROINART da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da UFAL e tem a coordenação do Professor Toni Edson.







19 janeiro 2016

"Cocar de Histórias"




O projeto “AMERIAFROCONTOS VOLANTES CHAMAM PRA RODA: A ORALIDADE DE QUEM DOMINA PELA VONTADE DE APRENDER DE QUEM RESPEITA” foi aprovado pelo Programa de Iniciação Artística - PROINART da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da UFAL e tem a coordenação do Professor Toni Edson.

Amanhã inicia mais uma etapa do projeto com as Rodas de Contação de Histórias Ameríndias: o nosso “Cocar de Histórias”.

As vivencias que acontecem desde setembro/2015 na Aldeia Wassu-Cocal fortalecem o projeto e ampliam a visão para o universo das histórias.


Vamos ouvir as histórias que fazem parte da nossa identidade!

Design Gráfico: Nivaldo Vasconcelos - Estúdio Atroá






Nos vemos por aí!


02 janeiro 2016

Ensaio "Azul" - Fotografia de Nivaldo Vasconcelos


 Nivaldo Vasconcelos tem investigados os corpos e as cores.
  Fizemos aqui em casa no último dia de 2015 o ensaio "AZUL"
  O resultado eu gostei bastante e guardarei essas fotos com muito carinho.
  Fica aqui no blog o registro de um dia pintado de céu.
  Feliz 2016!
Bruno Alves
























estado da graça