Chegamos à sexta edição da revista #Textão!
Nesta edição estamos comemorando
um ano de revista, um ano de construção colaborativa, e preparamos uma edição
muito especial, composta por mulheres, mulheres diversas, que se reconhecem e
se identificam como mulher. Mais especificamente, mulheres nas e das artes
cênicas.
A revista não tem a pretensão de abarcar
o imenso universo das mulheres nas artes cênicas, mas de abrir um espaço de
discussão e reflexão sobre as experiências de algumas artistas e pesquisadoras que
estão contribuindo para a construção de novos olhares sobre a arte.
Em nossa sociedade sempre foi
negado às mulheres o direito de exercer cargos de poder ou papéis de liderança,
quaisquer que fossem. Na Grécia antiga, eram os homens que interpretavam os
papéis femininos; na literatura, muitas mulheres adotaram pseudônimos
masculinos; os currículos dos cursos técnicos e superiores de artes cênicas têm
como referencial teórico as obras de autores do sexo masculino (Stanislawski,
Grotowski, Eugenio Barba etc.); Os atores sempre foram entendidos como tais,
diferente das atrizes tratadas pejorativamente.
Ao longo da história, história
essa que sempre foi contada pela perspectiva masculina, as vozes de grandes
mulheres foram silenciadas e se perderam. E hoje não há nos livros as histórias
de muitas delas. Mas seus gritos, sua luta, sua arte ecoa na geração de
mulheres do agora, que aqui representam as mulheres que foram, as que são e que
abrem os caminhos para as que virão.
Nossas convidadas falam de como é
ser mulher das e nas artes cênicas, cada uma enfocando um aspecto desse campo,
contribuindo com seu olhar ...
Rayane Góes
É atriz e produtora do Coletivo Volante de Teatro