27 agosto 2015

"Texto Ex Machina" Episódio IV

É com muita alegria que chegamos ao quarto episódio!

EPISÓDIO IV de TEXTO EX MACHINA, uma websérie que pretende explorar e buscar relações entre o texto teatral e a linguagem audiovisual.

Assistam em HD clicando aqui:

https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/1015604575145844/?pnref=story



TEXTO: VALSA AZUL, de Bruno Alves
Leitura de Lais Lira e Joelle Malta (cia do chapéu) 
Karina May (SOLAR: laboratório de meditação). 

Direção, fotografia e Montagem de Nivaldo Vasconcelos. 
Assistência: Bruno Alves e Felipe Benicio. 
Assistente de montagem: Felipe Benicio.

REALIZAÇÃO
Coletivo Volante
Estúdio Atroá

Os episódios de TEXTO EX MACHINA estarão quinzenalmente na Página do Coletivo Volante.

Próximo episódio: Quinta, 10 de setembro às 20h.

ASSISTA AOS EPISÓDIOS ANTERIORES:

EPISÓDIO I
https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/994968943876074/?pnref=story
EPISÓDIO II
https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/vl.1682563795307314/999674193405549/?type=1&theater
EPISÓDIO III
https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/1008174102555558/?video_source=pages_finch_thumbnail_video

Espetáculo "Volante" na Casa Juvenópolis

 Dia 26-08 o encontro se deu na Casa Juvenópolis a convite da Secretaria Municipal de Educação de Maceió através do Departamento de Educação de Jovens e Adultos com o Programa Brasil Alfabetizado.



 A Casa Juvenópolis acolhe jovens e adultos que querem recomeçar suas vidas e serem inseridos num ambiente com mais oportunidades. Cerca de cinquenta moradores da casa assistiram nessa manhã ao espetáculo "Volante".
 A primeira coisa que me chamou atenção no ambiente foi ele estar rodeado por natureza e tranquilidade. Depois encontrei na chegada uma arena de teatro no meio de toda aquela vibração de paz. Parecia um teatro romano. Quando vi aquela lindeza decidi na hora que apresentaria ali. Não sabia que em Maceió existia um espaço de teatro tão lindo como aquele, embora seja um espaço de uso exclusivo para as atividades da casa. Que riqueza saber que alguém pensou em construir aquele espaço dentro da instituição. Uma acústica muito boa e ao redor o vento, o canto dos pássaros, a dança das árvores.
 Dois rapazes vieram me receber. Queriam ficar por perto me vendo montar toda a estrutura do espetáculo. Faziam perguntas sobre como fariam para fazer teatro.
 "Comecem aqui. Aproveitem e comecem logo" eu os dizia.
 Por volta das 11h o espetáculo começou. Plateia atenta. Olhar aberto e coração pulsante. Alguns riam, outros ainda pareciam distantes, aos poucos alguma coisa de meu personagem chegava ao coração. Coisa que talvez eu nunca vá saber. Era uma troca muito generosa. Existia sinceridade nos olhos daquelas pessoas. Eu estava movido de amor. O encontro, a experiência teatral é essa oportunidade de empatia com o outro.
 Chegou uma hora em que meu personagem pediu presentes para levar com ele em sua jornada. Pela primeira vez não ganhei nada material. Um homem gritou "só posso lhe dar a minha gratidão". E palavras de desejos positivos foram surgindo da plateia e sendo guardadas dentro da carroça de Severino.
 O espetáculo terminou. Conversamos por alguns minutos antes que fossem para a aula de música. Tiramos esta foto que aqui está juntos. Partilhamos impressões.
 A gente se reconheceu no dia de hoje. Existia uma vibração tão forte que só o olho no olho podia provocar.
 No final o rapaz que queria fazer teatro veio me pedir um endereço de uma escola que ele pudesse procurar para fazer seu curso de teatro. 
 "Logo a gente se encontra. Vamos nos prometer que não vamos desistir" falei e me despedi.
 Registro nesse diário o meu agradecimento e a certeza que fui feliz ali. Voltei com uma carroça cheia. Cheia de vida! Vida pulsante de uma casa cheia de esperança.
Bruno Alves

25 agosto 2015

"Diálogos" / "Sinantropia, ou Corpo de Gente" por Bruno Alves



“Sinantropia, ou Corpo de Gente” fala da espera, de faltas e das ausências.
Utilizei da repetição e o uso de um elemento/metáfora que aparece constantemente na vida das personagens como forma de expressar as incertezas e incomunicabilidade que ronda o ambiente em que estão inseridos.
Comecei a escrever depois de sentar num banco de praça e observar sem compromisso o movimento da vida naquele lugar.
Esse texto me vem de alguma maneira das leituras de Samuel Becket, no qual vou tentando antropofagicamente resignificar a espera de algum Godot com a crescente ausência de pombos na praça e a chegada de alguém não se sabe de onde e nem para quê. É uma possibilidade de redesenhar uma realidade, de experimentar os diálogos confusos, a ausência de nome, a animalização do ser humano e o incômodo de dividir um mesmo espaço. Aqui é uma suposição/provocação do que na vida certamente é cruel.
O texto foi entregue para atrizes e diretor.
Nesse terceiro episódio uma das coisas que me chamou atenção foi o diálogo cada vez mais crescente da linguagem do texto teatral com a releitura audiovisual. Aqui duas mulheres interpretam homens o que talvez em um filme não seja tão comum, porque no teatro esse passeio pelos gêneros sempre acontece, mas não é só isso que me deixa provocado, nesse episódio o diretor opta pela inserção da rubrica e recria a sua rubrica durante a filmagem. Vou entendo que “Texto Ex Machina” é um espaço de dramaturgias. Espaço de dramaturgia de ator/atriz, de diretor e de quem assiste.
Nivaldo permite e impulsiona para que as atrizes coloquem sua presença nessa composição.
Emoção!
Acompanhei a gravação e sempre com o olhar de observação e atenção as leituras que vão surgindo. Foram cinco horas de construção. Não converso com as atrizes ou diretor sobre o que eu quis dizer, porque isso eu já fiz escrevendo, agora me cabe receber as novas leituras sobre o texto para avaliar e aperfeiçoar essa escrita. Cabe a mim experienciar o texto naqueles corpos, corações e lentes. E que coisa engraçada essa dos textos para teatro guardados em gavetas virem à cena através de uma janela virtual. 
Percebo que acontece. Percebo que flui de alguma maneira dentro do processo de criação de outros artistas. Isso instiga!
Assisto e me emociono. Assisto de novo e volto ao estudo do texto.
Rayane Wise e Wanderlândia Melo entregaram seus corações naquela tarde. Via em seus olhos a emoção do encontro, da descoberta. A gente descobria junto cada frase que ia sendo lida. Essas contribuições que elas e ele trazem me ajudam a entender o texto, porque agora ele vive de alguma maneira dentro de alguém e ver de fora possibilita uma maior capacidade crítica para buscar melhorar e trabalhar cada vez mais.
Torço para que esses momentos sejam ricos de aprendizado para todxs nós e que de alguma maneira o acontecimento teatral/audiovisual aconteça dentro de quem por aqui chegar.
Viva as dramaturgias e todas as suas possibilidades de encontro!
Bruno Alves


Os episódios de TEXTO EX MACHINA estarão quinzenalmente na Página do Coletivo Volante.
Não percam dia 27, às 20h, a estreia do EPISÓDIO IVde TEXTO EX MACHINA: VALSA AZUL. 
Leitura de Lais Lira e Joelle Malta (cia do chapéu) 
Karina May (SOLAR: laboratório de meditação). 
Texto de Bruno Alves. 
Direção, fotografia e Montagem de Nivaldo Vasconcelos. 
Assistência: Bruno Alves e Felipe Benicio. 
Assistente de montagem: Felipe Benicio.
ASSISTA O TEASER
https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/vb.802706763102294/1013271655379136/?type=2&theater
EPISÓDIO I
https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/994968943876074/?pnref=story
EPISÓDIO II
https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/vl.1682563795307314/999674193405549/?type=1&theater
EPISÓDIO III
https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/1008174102555558/?video_source=pages_finch_thumbnail_video





22 agosto 2015

"Ameriafrocontos Volantes" na Casa de Ilê Axé Yapandálomim Ofaquerún Raizes Legionirê


 Hoje aconteceu a nossa visita a  Casa de Ilê Axé Yapandálomim Ofaquerún Raizes Legionirê.

 Tivemos uma manhã de muita alegria e aprendizado em nossa conversa com Mãe Carlla e Pai Jeffreson.

 Como é bom escutar aqueles que tem tanto a nos ensinar.


 AMERIAFROCONTOS VOLANTES CHAMAM PRA RODA – A ORALIDADE DE QUEM DOMINA PELA VONTADE DE APRENDER DE QUEM RESPEITA  é o nome do projeto que iremos desenvolver ao longo do semestre com os membros da casa.


 Escutar histórias, contar histórias, fazer rodas de contação para espalhar pela cidade as histórias que são nossas e fazem parte de nossa história.


Bruno Alves, Rayane Wise, Mãe Carlla, Tamires Rodrigues,
 Rozebel Tenório, Toni Edson e Pai Jeffreson.


 Fomos recebido com muito afeto e generosidade pela mãe, o pai e seus filhos que lá estavam.
 Quanta emoção vivenciamos numa roda de conversa. Quanto aprendizado!


 As portas e o coração da casa estão abertos para receber a nossa visita.
 Uma coisa nós sabemos e o professor Toni Edson, nosso orientador, fez questão de nos alertar: Preparem-se para aprender! Estejam abertos olhos, ouvidos e coração.
 Estar essa manhã na casa de ilê axé mostrou pra gente como é lindo o encontro e como ele pode mudar as nossas vidas.
 "Ameriafrocontos Volantes" foi aprovado pelo Programa de Iniciação Artística - PROINART da UFAL e realizará imersões na Casa de Ilê Axé Yapandálomim Ofaquerún Raizes Legionirê  aqui em Maceió e na Aldeia Wassul Cocal em Joaquim Gomes(AL). Nele também o espetáculo "Volante" e "Afrocontos, Afrocantos" de Toni Edson farão uma participação especial com apresentações em cada localidade.
 Nosso coração já está aquecido! Queremos ouvir, contar e vivenciar histórias!

 Gratidão a todos da casa!

 Gratidão ao professor Toni Edson pela confiança e orientação.
 Gratidão a todos os envolvidos!
 Axé!

16 agosto 2015

#coletivovolante

 Estava mexendo no instagram esses dias quando encontrei dois depoimentos sobre o espetáculo "Volante".
 Fiquei tão feliz! 
 É bom saber que o encontro nos toca de alguma maneira e que a experiência teatral nos aproxima em tantas coisas.
 Gratidão!
 Beijos
 Bruno



13 agosto 2015

Episódio III "Texto Ex Machina"

Já está no ar o terceiro episódio!!!
Vamos conferir!


EPISÓDIO III de TEXTO EX MACHINA, uma websérie que pretende explorar e buscar relações entre o texto teatral e a linguagem audiovisual.

Assistam em HD!

https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/1008174102555558/

TEXTO: Sinantropia, ou corpo de gente, de Bruno Alves
LEITURA: Rayane Wise e Wanderlândia Melo
Direção, Fotografia e Montagem: Nivaldo Vasconcelos
Assistência: Bruno Alves e Ítalo Renato.

REALIZAÇÃO
Coletivo Volante
Estúdio Atroá

Os episódios de TEXTO EX MACHINA estarão quinzenalmente na Página do Coletivo Volante.

Próximo episódio: Quinta, 27 de Agosto às 20h.

12 agosto 2015

Material Gráfico do 2º Episódio de "Texto Ex Machina"

 Aqui registro o material gráfico produzido pelo Estúdio Atroá para o segundo episódio de "Texto Ex Machina". 

 Agradeço aos atores Jadir Pereira e Igor Rozza e a atriz Louryne Simões pela disponibilidade, generosidade e entrega. 

 Gratidão ao Estúdio Atroá por toda parceria e cuidado.

 Não percam amanhã a estreia do EPISÓDIO III de TEXTO EX MACHINA, uma websérie que pretende explorar e buscar relações entre o texto teatral e a linguagem audiovisual.
Às 20h!
Assistam em HD!
TEXTO: Sinantropia, ou corpo de gente, de Bruno Alves
LEITURA: Rayane Wise e Wanderlândia Melo
Direção, Fotografia e Montagem: Nivaldo Vasconcelos
Assistência: Bruno Alves e Ítalo Renato.
REALIZAÇÃO
Coletivo Volante
Estúdio Atroá

Os episódios de TEXTO EX MACHINA estarão quinzenalmente na Página do Coletivo Volante.
Próximo episódio: Quinta, 27 de Agosto às 20h.
EPISÓDIO I
EPISÓDIO II














04 agosto 2015

Diálogos "Texto Ex Machina" 2º episódio por Nivaldo Vasconcelos

“Algumas brincadeiras e jogos nos arrastam, assim levemente, apressando com carícias curiosas os pés, nos guiando pra’beira do abismo... TEXTO EX MACHINA é este abismo, benditos os que me trouxeram aqui!
O exercício de criar para cinema se apresentou para mim como um laborioso quiproquó técnico: Grupos criativos, técnicos de som, luz, câmera, produção guerreira, busca por uma verossimilhança e naturalidade nas preparações de atores, regras a serem seguidas e que pareciam tão óbvias que às vezes me sentia um completo idiota em querer sugerir algo diferente, pós-produções milagrosas! Tudo muito honesto, tudo querendo ser cinema, se expressar da maneira que se acha correto e prazeroso, mas atrás da minha orelha, a pulga começou seu lento trabalho de alerta, essa seria a única forma de fazer cinema? Ser cinema? Experimentei essa forma de trabalhar em “A GENTE NÃO COMBINA COM ESSA SALA”, foram dois dias de filmagens intensas e cansativas, com uma equipe maravilhosa trabalhando pelo filme, mas também uma carga enorme de insegurança e estresse, muitos deles vindos de mim. Aquele filme foi catártico; uma das minhas maiores realizações pessoais, transformou o meu fazer, a partir dele a pulga cravou os dentes. Não precisava ser pela dor, exorcisei uma culpa cristã!
Meu modo de fazer mudou, fui buscando mais o mínimo, tentei encontrar ferramentas disponíveis, experimentei mais a minha linguagem independente do aparato técnico e fui flertando mais com a fotografia e montagem, ainda como um observador e essa forma de fazer reflete-se nos outros filmes seguintes. Aprendi que não devo tentar subverter a forma dos outros e sim a minha própria, é neste constante embate interno, que se dão meus processos criativos. Como realizar o que vejo, pré-sinto?


E aí chega TEXTO EX MACHINA, onde busco romper de vez com todas as impossibilidades de fazer, mas que me joga de cabeça diante das minhas impossibilidades. Não, o tremor na câmera não é sempre proposital, algum ou outro espasmo na montagem nem sempre é conceitual... Mas é o meu desenho!
O processo de fazer esta série/experimento vem sendo enriquecedor, o jogo de TEXTO EX MACHINA é fazer da câmera o expectador vivo da leitura, os olhos e ouvidos de fato, tudo é captado por ela, som e imagem (o microfone é o da própria câmera), obviamente em alguns momentos fico louco de vontade de incluir um microfone direcional pelo menos, mas isso seria trapaça! E o mais louco de tudo é que o texto é pouco conhecido pelos atores e não temos qualquer contato prévio, o encontro é ali, é agora. Vejo-me então diante de outra dificuldade técnica, a da direção. Cada ator demanda de uma necessidade, de um espaço específico para criar, sentir a coisa e existe o texto, que me evoca imagens e o grande vilão chamado tempo (o episódio II foi gravado em 5 horas), mas a ideia de unir a espontaneidade da ação sugerida pela linguagem do teatro em contraponto com o controle do plano e da luz que o cinema sugere é o grande mote das sequências de textos que serão lidos na série, e aí, a mágica começa a acontecer, o encontro criativo começa a promover seus resultados, os fios vão se tecendo e me levam para a montagem, outra técnica que não domino, mas a história está lá, a imagem já se formou - só preciso mostrá-la, e nada disso se completa sem a leitura do outro, faz parte do processo mostrar, dialogar com o público, ouvir o que se provocou, estimular que este público seja ativo e não mero expectador. 
E a transpiração vai trazendo resultado. 
Ainda é laborioso, ainda cheio de quiproquós técnicos, mas me soa mais possível.
Benditos os que me trouxeram aqui!”
Nivaldo Vasconcelos

Dia 13 de Agosto estreia o EPISÓDIO III de TEXTO EX MACHINA.
Assista o Teaser:
Os episódios de TEXTO EX MACHINA estarão quinzenalmente na Página do Coletivo Volante.

EPISÓDIO I
Primeiro episódio aqui:
EPISÓDIO II

Diálogos "Texto Ex Machina" - As Ruínas por Bruno Alves

O texto "As Ruínas" começa a nascer em meados de julho de 2015. Tudo muito recente como quedas e abandonos. 
É um texto em processo de construção, aliás, esses textos que por aqui aparecem estão em processo, frutos de estudos, pesquisa e experimentação. Prédios caem, são abandonados, vilas são demolidas... Transportar para essa personagem um olhar sobre as coisas que caem diante de seus olhos é a minha possibilidade de refletir e comunicar mediante a minha impotência diante de tantas coisas. Prédios caem, histórias são demolidas. 
No segundo episódio de "Texto Ex Machina" tenho a oportunidade de ver esse texto acontecer no corpo e no coração de outras pessoas, por sinal, pessoas queridas e admiradas: Louryne Simões e Jadir Pereira do Teatro da Poesia são companheiros de estudos em oficinas da vida e mais recentemente no Grupo de Estudos e Escrita de Dramaturgias. Sou grato pelo olhar sempre atento e disposto a partilhar que eles me trazem; O Igor Rozza da Cia Insanos - Camboio de Doido (sim, é assim que melhor definem este grupo as pessoas de Taquarana -AL) conheci no curso de teatro licenciatura da UFAL, partilhamos muitas histórias, partilhamos o mesmo palco. Igor é esse ator que não tem medo de vivenciar as coisas e em sua cidade é símbolo de mobilização e aproximação da comunidade com a arte. Tê-lo por perto é sempre uma oportunidade de rir e aprender. 



Estávamos aqui em casa querendo reconstruir essa ruína que nos incomoda.
O processo do projeto acontece de forma autônoma e independente: Os atores e a atriz recebem o texto. Trazem sua leitura junto com a voz, o corpo, o olhar e todo o gesto. Quando entrego o texto a Nivaldo Vasconcelos vai junto toda a liberdade de releitura da obra. Ele possui uma leitura técnica que não domino e por isso penso que a liberdade de criação é muito importante para que um novo objeto de arte surja. O texto passa a ser dele. Ele faz com ele o que quiser. Nossas leituras vão se encontrando, o texto é ponto de partida, nunca o final. Existe nesse texto uma busca por uma construção narrativa. O nome da personagem não é coincidência, vem de leituras feitas a algum tempo da obra de Plínio Marcos. 
Encontrar as obras de Martin Crimp ao longo dos Estudos e Escrita de Dramaturgia, orientado por Vinicius Souza (MG), me chocou. Balançou minha cabeça e me encantou. Uma dramaturgia que narra, que não sabemos a linha que separa de um conto, de uma contação. Atores são contadores de histórias. Todo mundo de alguma maneira seja na porta de casa ou pelo celular, conta uma história no dia a dia. 
Essa busca por narrar ou analisar acontecimentos é uma marca cada vez mais presente em nossa dramaturgia. E por que não experienciar? Esse segundo episódio me deixa feliz. Deixa- me confiante e querendo aprender cada dia mais. Esse processo me encanta. Somos pessoas diferentes e com leituras diferentes querendo encontrar uma comunicabilidade através da arte. 
"Texto Ex Machina" é esse encontro de gente de teatro com gente de cinema, gente que respira o tempo todo uma coisa só: Arte! Arte! Muita arte nessa vida, porque é preciso.
Bruno Alves
Assista ao segundo episódio de TEXTO EX MACHINA, uma websérie que pretende explorar e buscar relações entre o texto teatral e a linguagem audiovisual

Assistam em HD!
https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/vl.1682563795307314/999674193405549/?type=1&theater
Texto - As Ruínas (trecho) de Bruno Alves
Leitura - Louryne Simões, Ígor Rozza e Jadir Pereira
Direção, fotografia e montagem - Nivaldo Vasconcelos
Assistência: Matheus Nobre e Bruno Alves
REALIZAÇÃO
Coletivo Volante
Estúdio Atroá


Os episódios de TEXTO EX MACHINA estarão quinzenalmente na Página do Coletivo Volante.
Próximo episódio: Quinta, 13 de Agosto às 20h.
Primeiro episódio aqui:
https://www.facebook.com/coletivovolante/videos/994968943876074/?pnref=story
Texto - Domesticáveis (cena 1 - A Faca)
Texto e leitura - Bruno Alves
Direção, fotografia e montagem - Nivaldo Vasconcelos