O Ministério da Cultura está oficialmente extinto.
Vivemos nos últimos anos uma precarização do MinC e uma
série de ações que visavam o desmonte do ministério e do fazer artístico em
nosso país.
Somos um país de uma imensa diversidade cultural. Estamos espalhados
pelos cantos desse país. Fazemos de nossos lugares o nosso espaço de criação e
difusão da nossa cultura.
Perder um espaço como esse, que pensa exclusivamente formas
de fomentar e difundir o fazer e os saberes culturais, é para nós um momento de
luto.
Perdem os artistas, Mestres e perde também o público que
pode ter acesso a muita coisa que é criada nos outros estados do país e em seu
próprio estado.
Tivemos avanços, tivemos retrocessos, tinha muito o que
melhorar... Estávamos numa constante busca pelo entendimento e valorização da
arte e da profissão do artista.
Ficam perguntas:
A quem interessa essa extinção?
Por que valorizar e buscar formas de expandir a produção
cultural não interessa?
Sabemos e desde muito tempo nos é dito que a cultura reflete
questões do nosso tempo e espaço e é ela também que nos faz lembrar quem somos,
quem fomos e como poderíamos ser.
Nós artistas, e os que vieram antes de nós, vamos crescendo
em um espaço de constante ameaça a nossa profissão, vamos nos refazendo, vamos
ressurgindo das cinzas que nos lançam. Não será fácil, talvez nunca tenha sido.
O que acontece é que vamos vendo se concretizar as ameaças e a efetivação da
desvalorização da nossa identidade.
Que tenhamos força para enfrentar toda a barbárie.
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